O Trabalho docente: fundamentos de precarização e proletarização presentes na política nacional e seus reflexos na região dos inconfidentes-mg (1964-2017)

Autores

  • Marcelo Silva Universidade Federal de Ouro Preto
  • Glauber Borges Universidade Federal de Ouro Preto

DOI:

https://doi.org/10.51399/reunina.v2i2.28

Palavras-chave:

História da Educação, Precarização Docente, Políticas Públicas

Resumo

Este artigo tem como objetivo analisar a problemática da precarização e proletarização do trabalho docente no contexto político da microrregião dos Inconfidentes. Percebe-se que a docência no Ensino Básico nacional tem passado por um processo de transformação, que tem seu início pós-promulgação da LDB 4024/61 e se estende até os dias atuais. Buscou-se analisar as transformações políticas e educacionais que ocorreram no Brasil, do período ditatorial até a reforma do Estado e das políticas públicas nos anos de 1990 à 2017. Entende-se que, com a mudança no cenário político brasileiro para educação, essa influenciou e tem influenciado professores/as e futuros/as professores/as em avaliar negativamente a condição real da profissão, fato que externaliza o problema da precarização e proletarização, questão fortemente marcada em tempos de pandemia. Com base na análise bibliográfica e documental, essa análise terá como referencial metodológico o caráter qualitativo e quantitativo da produção. Entende-se que essa proposta metodológica é fundamental porque auxiliará na análise das fontes do período em questão e na produção acadêmica acerca do tema, para demonstrar o processo histórico e as medidas que possibilitaram a reformulação do trabalho docente. Para responder sobre essa transformação do ensino básico, busca-se analisar o panorama histórico da educação brasileira, no sentido de demonstrar que as mudanças nas políticas públicas impactam diretamente na realidade escolar de Mariana e Ouro Preto, no que tange a atuação dos e das professores e professoras no contexto escolar da região.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marcelo Silva, Universidade Federal de Ouro Preto

Possui graduação em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1994), Mestrado (2003) e Doutorado (2010) em Educação pela Faculdade de Educação da UNICAMP. Atuou como: Professor da Educação Básica (Ensino Médio) na Secretaria Estadual do Estado de São Paulo; Coordenador do Curso de Licenciatura em Filosofia nas modalidades a Distância (EaD), Presencial e Pós Graduação (Lato Sensu) do Centro Universitário Claretiano de Batatais (CEUCLAR), Professor, Substituto, no Departamento de Educação do Instituto de Biociências da UNESP no Campus Rio Claro-SP; Professor Titular e Tutor a Distância do Centro Universitário Claretiano de Batatais e Chefe do Departamento de Educação do Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal de Ouro Preto. Atualmente é Professor do Departamento de Educação do Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal de Ouro Preto (DEEDU/ICHS/UFOP) nas cadeiras de Fundamentos e Políticas da Educação e Coordenador do Programa Institucional de Iniciação à Docência no sub projeto PIBID Afro/Indígena, é membro nos grupos de pesquisa Epistemologia e Teorias da Educação EPISTEDUC/UNICAMP; formação e profissão Docente FOPROFI/UFOP; Núcleo de Estudos Afro-brasileiro e Indígena NEABI/UFO e Vice Coordenador Núcleo de Estudos e Pesquisa em Políticas Públicas e Educação (NEPPPE). Tem experiência nas áreas de Filosofia e Políticas Públicas em Educação com atuação nas seguintes áreas: Filosofia e História da Educação, Ensino de Filosofia, Epistemologia e Teorias da Educação, Políticas Públicas em Educação e Gestão e Organização do Trabalho Escolar.

Glauber Borges, Universidade Federal de Ouro Preto

Possui graduação em História - Licenciatura pela Universidade Federal de Ouro Preto (2015).Foi bolsista do PIP (Programa de Iniciação à Pesquisa entre 2014-2015) na área de Educação, com ênfase em História de Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: ditadura civil-religiosa e militar, meios de comunicação em massa da resistência, políticas públicas, precarização docente e ação sindical.

Referências

ALBERTI, V.; SARMENTO, C. E e WERLANG, Sérgio Ribeiro. Organizadores. “Textos Escolhidos – Mário Henrique Simonsen”. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2002.

ARTES, Amélia; ROSEMBERG, Fúlvia. O rural e o urbano na oferta de educação para crianças de até 6 anos. In: BARBOSA, Maria Carmen Silveira et al. (Org.). Oferta e demanda de educação infantil no campo. Porto Alegre: Evangraf, 2012. p. 13-69.

BRASIL. Lei nº 4330, de 1º de junho de 1964.

CARDOSO, Fernando Henrique. “Las políticas sociales en la década de los anos ochenta: nuevas opciones?". In: El Trimestre Económico. Cidade do México. L1(197):169-188, jan/mar.1983.p.185.

CEPAL. UNESCO. Educação e conhecimento: eixo da transformação produtiva com eqüidade. Brasília: IPEA/CEPAL/UNESCO, 1995.

COSTA, Aurea; NETO, Edgard; SOUZA, Gilberto. A Proletarização do Professor: Neoliberalismo na Educação. 2ª ed. São Paulo: José Luís e Rosa Sundermann, 2009.

CUNHA, Luiz Antoni.; GÓES, Moacir de. O Golpe Na Educação. 7ª Ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1991.

CUNHA, Luiz Antonio. Educação, Estado e Democracia no Brasil. 6ª Ed. São Paulo: Cortez; Niterói, Editora UFF; Brasília: FLACSO do Brasil, 2009.

DELORS, J. Educação: um tesouro a descobrir. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000009.pdf> Acesso em: 03 abril 2016.

DIEESE. “Transformações recentes no perfil do docente das escolas estaduais e municipais de educação básica.” In: Nota Técnica. São Paulo, Nº 141, out. 2014. Dispoível em: https://www.dieese.org.br/notatecnica/2014/notaTec141DocentesPnadvf.pdf

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Ed. 48.Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.

GOHN, Maria da Glória. “Lutas e Movimentos pela Educação no Brasil”. Disponível em: <http://www.uninove.br/PDFs/Mestrados/Educa%C3%A7%C3%A3o/Anais_V_coloquio/Conferencia%20Maria%20da%20Gl%C3%B3ria%20GOHN.pdf > Acesso em: 10 jan 2016.

GRAMSCI, Antonio. Os Intelectuais e a Organização da Cultura. 4ª Ed. Rio de Janeiro: civilização Brasileira, 1982.

JAEHN, Lisete. Educação para a emancipação em adorno. Passo Fundo: UPF, 2005. p.118.

MARX, Karl. Manuscritos Econômico-Filosóficos. São Paulo: Boitempo,2004.

MARX, Karl. O Capital: crítica da política econômica. 27ª Ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010, l.1, v.I. p.92-105.

MATTOS, Marcelo.B. Novos e velhos sindicalismos: Rio de Janeiro (1955/1988). Rio de Janeiro: Vício e Leitura, 1998.

MIRANDA, Kênia. “O ANDES-SN e a ruptura com a CUT: o combate à estrutura sindical e o desafio de reorganização da classe trabalhadora.” In: Universidade e Sociedade. Campinas, n.47, p. 85-96, fev. 2011.

NEVES, Lucélia de Almeida. “Elitismo, Intolerância e Discriminação: Cassação de Deputados Operários de Minas Gerais (1964).” In: Perspectivas: Revista de Ciências Sociais. São Paulo, v.34, p.15-36, jul./dez. 2008. p. 26.

OLIVEIRA, Wellington de. A trajetória histórica do movimento docente de Minas Gerais: da UTE ao Sind-UTE. Tese de Doutorado, UFMG. Belo Horizonte. 2006.

O Martelo. Ouro Preto: DAEMM/UFOP. Março, 1979.

ONU, “Declaração Mundial sobre Educação para Todos (Conferência de Jomtien – 1990)”. UNICEF Brasil. Disponível em: < http://www.unicef.org/brazil/pt/resources_10230.htm>. Acesso em: 29 dez 2015.

OTTONE, Ernesto Educação e Conhecimento: eixo da transformação produtiva com eqüidade* (uma visão sintética). Revista INEP Série Traduções n.1 Brasília fev/1993

REIS, Daniel Aarão. “O sol sem peneira”. In: Revista de História da Biblioteca Nacional. Riode Janeiro, ano 7, nº. 83. Agosto de 2012.

SAVIANI, Dermeval. A nova lei da educação: trajetória, limites e perspectivas. Campinas, SP: Autores Associados, 1997.

SILVA, Marcelo D. Educação Ideologia e Complexidade: contribuição para a crítica ao pensamento de Edgar Morin e sua interface com a educação brasileira. Paco Editorial, Jundiaí, 2012.

SILVA, Marcelo D. da A Miséria Ideológica dos Paradigmas Educacionais Contemporâneos: os modimos do pensamento complexo. In BATISTA, Eraldo et all (orgs) Desafios de Perspectivas das Ciências Humanas na Atuação e na Formação Docente. Jundiaí-SP, Paco Editorial 2012 p. 109-126.

SILVA, Stanley Plácido da Rosa. Entre a vanguarda e o espontaneísmo: embates pela hegemonia do “novo sindicalismo” no Brasil. In: Revista Urutágua, Maringá, Nº 16, ago./set./out./nov. 2008.

TOMMASI, Livia de. Financiamentos do Banco Mundial no setor educacional brasileiro: os projetos em fase de implementação, in: WARDE, Mirian Jorge; HADDAD, Sérgio (orgs.). O Banco Mundial e as políticas educacionais. 3.ed., p. 195-227. São Paulo: Cortez, 1996.

VÉRAS, Roberto. Sindicato Cidadão”: Novos Rumos do Sindicalismo Brasileiro?. Disponível em: < http://www.ces.uc.pt/publicacoes/oficina/ficheiros/166.pdf>. Acesso em: 10 fev 2016.

Downloads

Publicado

2021-05-06

Como Citar

Silva, M., & Borges, G. . (2021). O Trabalho docente: fundamentos de precarização e proletarização presentes na política nacional e seus reflexos na região dos inconfidentes-mg (1964-2017). Revista De Educação Da Unina, 2(2). https://doi.org/10.51399/reunina.v2i2.28

Edição

Seção

Artigo