A educação no Brasil colonial e imperial: uma herança eurocêntrica e escravocrata

Autores

  • Arthur Aroha UFPR e UNINA

DOI:

https://doi.org/10.51399/cau.v2i1.105

Palavras-chave:

Educação. Brasil. Eurocentrismo. Colonialismo.

Resumo

O presente artigo aborda algumas das características organizacionais da educação no Brasil colonial e imperial, a exemplo dos sistemas de ensino das missões jesuíticas dos séculos XVII-XVIII e das escolas de ofícios do século XIX. O objetivo principal é identificar algumas das motivações político-culturais que levaram à construção desses sistemas pelos luso-brasileiros, e analisar alguns de seus impactos na conformação da sociedade brasileira moderna, bem como perceber de que forma elementos oriundos dessas práticas têm ainda impactos sobre o Brasil contemporâneo e sua população. Para tanto, são utilizados como referências autores como: Eliane Fleck (2007) e Beatriz Perrone-Moisés (1998), que possuem produção ligada à história das missões jesuíticas no Brasil; José Murilo de Carvalho (2003) e István Jancsó (2011), canônicos autores que versam sobre a formação do Estado brasileiro e sua sociedade; e Dina Ferreira (2020) e Emannuel Reichert (2012), pesquisadores da área de educação que avaliam os impactos das heranças culturais escravista e colonialista no Brasil contemporâneo.

Referências

ALMEIDA, Ronaldo de Sousa; OLIVEIRA, Gilson de Sousa. A formação da sociedade brasileira e o difícil campo democrático no contexto neoliberal. IN: SOUSA, Antonia de Abreu; ARRAIS NETO, Enéas de Araújo; OLIVEIRA, Elenilce Gomes de; ALBUQUERQUE, Raimundo José de Paula (orgs.). O mundo do trabalho e a formação crítica. Fortaleza: Edições UFC, 2012. p. 141-154.

CAMINHA, Pero Vaz de. A Carta de Pero Vaz de Caminha. Fundação Biblioteca Nacional, n/d. Disponível em: <http://objdigital.bn.br/Acervo_Digital/Livros_eletronicos/carta.pdf>. Acesso em: abril de 2022.

CARVALHO, José Murilo de. A construção da ordem: teatro de sombras. 15ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

ELLINGSON, Terry Jay. The Myth of the Noble Savage. 1st ed Berkeley-USA: University of California Press, 2001.

FERREIRA, Dina Maria Martins; PITA, Julianne Rodrigues. Colonialidade do saber no ensino da educação básica: resistência ou reprodução do eurocentrismo? Revista Escrita (Puc-Rio), 2020. Disponível em: <https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=46645@1>. Acesso em abril de 2022.

FLECK, Eliane Cristina Deckman. A educação jesuítica nos Sete Povos das Missões (séculos 17-18). Revista Em Aberto, Brasília, v. 21, n. 78, p. 109-120, dez. 2007. Disponível em: <http://rbepold.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/view/2212>. Acesso em fev. de 2022.

PERRONE-MOISÉS, Beatriz. Nossos selvagens são melhores do que os outros: imagens de povos indígenas e projetos de colonização na história da Nova França de Marc Lescarbot. Revista Anuário Antropológico, Brasília (UNB), vol. 22, n. 1, 1998, p. 235-246. Disponível em: <https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6711>. Acesso em janeiro de 2021.

JANCSÓ, István (org.). Brasil: formação do Estado e da nação. 2ª ed. São Paulo: Huacitec, 2011.

REICHERT, Emannuel Henrich. Notas sobre o eurocentrismo no Brasil. Revista Espaço Acadêmico (UEM), ano XI, n. 129, fevereiro de 2012. Disponível em: < https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/13690/8690>. Acesso em abril de 2022.

Downloads

Publicado

2022-05-31

Como Citar

Aroha, A. (2022). A educação no Brasil colonial e imperial: uma herança eurocêntrica e escravocrata. Cadernos Acadêmicos Unina De Educação, 2(1). https://doi.org/10.51399/cau.v2i1.105

Edição

Seção

Artigos