Estudos da deficiência: principais modelos e concepções

Resumo

Este artigo é resultado das investigações realizadas na disciplina Tópicos especiais em diversidade, diferença e desigualdade social na educação I – Estudos de Deficiência (Disability Studies) e pesquisa acadêmica do Programa de Pós-Graduação em Educação - PPGE, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que envolveu a sistematização dos modelos e concepções teóricas sobre a deficiência. Com base nisso, foi feita a seguinte problemática: quais são os principais modelos e concepções teóricas presentes nos estudos sobre a deficiência ao longo dos anos? Definiu-se, então, como objetivo geral: identificar os principais modelos e as teorias presentes nos estudos sobre a deficiência ao longo dos anos. Como objetivos específicos, estabeleceu-se: 1) descrever os principais acontecimentos históricos; e 2) relacionar os modelos teóricos com o contexto histórico. Para responder à problemática e contribuir para o alargamento das discussões sobre esses modelos, foi utilizado como aporte teórico os estudos de Diniz (2007), Piccolo e Mendes (2022), França (2013) e Lopes, Solvalagem e Busse (2020). Como resultado, pode-se chegar aos modelos teóricos que moldaram a compreensão da deficiência ao longo do tempo, reconhecendo que, no modelo social, o fenômeno é compreendido como opressão social e teve importantes pautas sendo discutidas com a primeira e segunda geração. Além disso, verifica-se que o modelo médico, entendendo a deficiência como consequência do corpo com lesão, ainda persiste atualmente. Por fim, conclui-se que a compreensão dos principais modelos e seus pressupostos são relevantes para orientar futuras discussões, políticas e práticas inclusivas.