A influência do habitus familiar na trajetória de Adalice Araújo
DOI:
https://doi.org/10.51399/cau.v4i2.87Palavras-chave:
História da Educação, Adalice Araújo, Educação, Habitus, História da Arte, ParanaenseResumo
O presente estudo investigou o habitus familiar até a docência da intelectual Adalice Araújo (1931–2012) e analisou sua trajetória a partir da sua infância. A pesquisa observou a seguir os espaços de sociabilidade e de atuação profissional dessa autora, destacando os campos artístico, educacional, cultural e político e suas inter-relações. Sua participação foi ativa na história da educação e da arte paranaense, visto que demonstrou um interesse pessoal em desvendar e exteriorizar um campo artístico desconhecido pelo grande público. Teve uma trajetória iniciada precocemente a partir do seu habitat familiar e durante a sua formação acadêmica, que perpassa sua carreira profissional na docência, onde se envolveu na organização de cursos e palestras. Também se destacou como pesquisadora da arte paranaense com ações voltadas para a produção e circulação de bens culturais. O referencial teórico que auxilia na construção da escrita deste artigo dialoga com Pierre Bourdieu, que contribui com os conceitos de trajetória, campo, capital e habitus. Para a realização da pesquisa, foram utilizados jornais e periódicos, tendo como fontes principais os artigos de autoria de Adalice publicados nestes periódicos, além de documentos pessoais não publicados, livros e suas teses, catálogos de exposições, fotografias, vídeos, imagens e depoimentos. O estudo buscou Identificar como o convívio e os laços familiares influenciaram e direcionaram suas escolhas e recusas durante seu percurso acadêmico e profissional, a ponto de poder ser identificada como intelectual e levando-a a se tornar a mais importante crítica de arte do Paraná e do Brasil.
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