A feminização da profissão docente e a identidade da professora de educação infantil
DOI:
https://doi.org/10.51399/reunina.v4i1.183Palabras clave:
História da educação infantil, Feminização do trabalho docente, Docência na educação infantil.Resumen
O presente artigo tem por finalidade apresentar aspectos em torno do trabalho de conclusão de curso que analisou a feminização da profissão docente na construção da identidade profissional da professora de educação infantil e os desafios da profissão. A questão norteadora do estudo foi: diante da feminização da profissão docente quais os desafios para a identidade da professora que atua na educação infantil? Para responder a essa questão a metodologia utilizada foi a revisão bibliográfica. Foram analisados fatores em torno da feminização do trabalho docente a sua influência nos desafios para as professoras de educação infantil. Para isso, se fez necessário retomar o histórico da educação infantil, quais foram os caminhos percorridos e quais as principais leis e normativas que amparam a educação infantil como um direito fundamental das crianças. O magistério é visto como uma profissão feminina, onde os atributos designados às mulheres são vistos como essenciais para a docência, sendo também uma das primeiras profissões a serem aceitas pela sociedade para as mulheres, sendo muitos os aspectos históricos e sociais que explicam essa trajetória do magistério no Brasil. As professoras têm um papel essencial na educação infantil, etapa essa em que o cuidar e o educar caminham juntos, com muitos desafios. Mediante a pesquisa realizada concluiu-se que a docência é vista como uma profissão feminina e que na educação infantil, devido ao histórico da feminização docente, esse fato é ainda mais presente do que em outras etapas da educação básica. Tal evidência pode ter como consequência o não reconhecimento da identidade profissional das professoras que atuam na educação infantil, o que implica em não ter a mesma valorização do que outras(os) professoras(es) que atuam nas demais etapas educacionais, sendo vistas como “tias”, nem sempre consideradas como profissionais competentes e que estão na profissão devido à sua formação. Desse modo, entende-se que as professoras têm direito à formação inicial e continuada de qualidade, ao reconhecimento e valorização da sua atuação profissional e às condições adequadas para o exercício da docência desde a creche.
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